TERRITÓRIOS HUMANOS
CURADORIA • EM PROCESSO
O fotógrafo Xirumba Amorim é pernambucano, e parte de sua proximidade física, regional e cultural com o que retrata. Seus registros propõem reflexões do cotidiano — entre os diversos aspectos levantados sobre a realidade brasileira — sobre a força existente no ser humano, engendrada por determinadas condições e práticas econômicas, culturais e sociais evocadas nas manifestações culturais.
Territórios Humanos apresenta um campo de pesquisa sob diversos campos simbólicos da imagem. Em suas fotografias propõe uma visão antropológica sob fronteiras geográficas de um Brasil anômalo pela política e pela sociedade. São apontadas as diferentes formas de vida e de organizações sociais resultado da escassez, e, por isso, a força de um povo não alienado, gerador de uma poética específica nas diferentes experiências do viver, do trabalhar, das naturezas.
A pluralidade das culturas aqui registradas se apresenta por diversos campos estéticos, propondo uma ruptura com a centralidade hegemônica. Por pertencer a e evocar tais geografias periféricas e retratá-las para a construção da fruição do sensível, o artista elabora um discernimento crítico a partir da carga social presente em seu olhar.
O corpo revela seu sentido pleno através da amplificação de cada situação trazida pelas imagens.
CURATORSHIP • IN PROCESS
The photographer Xirumba Amorim is from Pernambuco, and it stems from his physical, regional and cultural proximity with what he depicts daily. His photographs propose reflections — among the many indicated aspects of Brazilian reality — on the strength found in human beings, engendered by certain economic, cultural and social conditions and practices evoked in cultural manifestations.
Human Territories presents a field of research and several symbolic fields of the image. In its photographs, it proposes an anthropological visual under geological borders of a Brazil that is anomalous by politics and by society. It points to the different ways of life and of social organization brought by scarcity, and through this, the strength of an unalienated people, generator of specific poetics in the different experiences of living, working, of the natures.
The plurality of cultures registered here is presented in many aesthetic fields, proposing a rupture with the hegemonic centrality. By belonging to and evoking such peripheral geographies, and depicting them for the fruition of the sensitive, the artist elaborates a critical discernment from the social awareness present in his sight.
The body reveals its full sense through the amplification of each situation brought by the images.