top of page

MINHA SORTE É O OLHO QUE EU TENHO

PRODUÇÃO DA PRIMEIRA PARTE DO DOCUMENTÁRIO 2016

A ideia do documentário Minha sorte é o olho que eu tenho veio a partir do convite do colecionador Carlos Augusto Lira para conhecer a Coleção Lira, um importante acervo de arte popular brasileira, com obras de artistas do país inteiro, de norte a sul.

 

Uma coleção construída ao longo de 40 anos. O colecionador interage com as obras que possui; convive, co-cria cenas com elas, chega a ser um interlocutor do artista. A arte, além de ser uma extensão do artista, é também uma extensão do colecionador: "minha coleção vai crescendo e eu vou crescendo junto".

​O documentário foi pensado diante das sessões de fotografias da coleção para o livro As Líricas, de Carlos Augusto Lira. O registro é uma documentação viva, estética, política e social das produções artísticas propostas por artistas que vivem nas bordas geográficas e, por isso, vêem-se categorizados como “populares”.

 

A intenção é explicitar as raízes populares de sua estética em diálogo com o olhar cosmopolitano. É deslocar a compreensão da arte em sua contemporaneidade a partir de suas culturas e de seus lugares de construção. Será proposto a reflexão sobre como um acervo de arte construído por uma coleção particular passa a ser uma herança coletiva e, dessa maneira, passa a ser patrimônio material de um país.

O roteiro é estruturado em dois momentos: o primeiro parte da captação das cenas das fotografias do livro, que reúne e organiza objetos de arte popular do acervo da Coleção Lira de acordo com o olhar do colecionador, de modo a formar a narrativa da construção da coleção. O segundo será passear pelo universo das/os artistas populares em seu meio ambiente, onde vivem, como realizam seu trabalho com a arte.

A segunda etapa do documentário está em processo. O projeto tem a colaboração de Eduardo Barcellos na primeira etapa e de uma equipe local na segunda, o que evocará o deslocamento de olhares.

The idea behind the documentary Minha sorte é o olho que eu tenho came from an invitation from collector Carlos Augusto Lira to see the Lira collection, an important archive of “popular” Brazilian art, with works from all of Brazil, from north to south. 

 

According to Lira, the collection was built by gathering aesthetic objects over the course of 40 years. The collector interacts with the works he owns, lives with, and creates scenes with them, he is an interlocutor with the artist; art, in addition to being an extension of the artist, becomes the collector’s: "my collection grows and I grow with it".

The documentary was designed based on photo sessions from the collection for the book As Líricas, by Carlos Augusto Lira. The result will be a living aesthetic, political and social document of artistic productions proposed by artists who live on geographical borders and, therefore, are categorized as popular.

The goal is to explain the popular roots of their aesthetics in dialogue with the cosmopolitan gaze. It means displacing the understanding of contemporary art from its cultures and places of construction. It will propose a reflection on how a private collection becomes a collective heritage and, in this way, becomes partof the material heritage of a country.

 

The documentary was designed in two moments, starting from the capture of the recorded images. The first stage consisted of capturing scenes based on photographs in the book, which gathers and organizes popular art objects from the Lira Collection according to the collector's viewpoint, in order to form the narrative of its construction. The second stage will be the narrative of popular artists in their environment, where they live, how they carry out their work.

The second stage of the documentary is still in process. The project has the collaboration of Eduardo Barcellos in the first stage and a local team in the second, which evokes a displacement of gazes.

Concepção, pesquisa e direção geral

Mamé Shimabukuro

 

PRIMEIRA PARTE

Direção

Mamé Shimabukuro e Eduardo Barcellos

 

Roteiro

Mamé Shimabukuro e Eduardo Barcellos

 

Fotografia

Eduardo Barcellos e Daniel Tancredi

Edição

Matias Lancetti

bottom of page